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Ainda o CV

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Estava aqui a fazer a revisão e tradução da carta de apresentação de uma amiga economista, e deu-me uma ligeira vontade de pegar no telemóvel e dar-lhe dois berros.
Contive-me.

Confesso que os meus ex-alunos não tinham grande afecto por mim. Eu obrigava-os a pensar, a raciocinar, a desenrascarem-se.. Dizia-lhes que quando acabassem o curso ninguém lhes ia dar nada nem mostrar onde estavam as respostas. Explicava-lhes que tinham de se preparar para o mercado mundial, que o emprego ao lado da casa dos pais já não era possível. Eles claro, preferiam que tudo fosse fácil e o esforço fosse mínimo. Tinham a certeza que um familiar qualquer tinha um amigo que ia resolver a coisa.. Ah! E queriam notas altas!

Bem, não eram todos, mas é a ideia geral que a malta que anda na faculdade tem. Tropeçam no erro do facilitismo e ficam com a ideia errada de que ter o canudo é mais que suficiente para arranjar emprego.

Não é!

Imaginem o seguinte anuncio de emprego:

“Empresa portuguesa em franca expansão internacional, procura economista recém-licenciado”

Coloquem-se no lugar do director de recursos humanos desta empresa que recebeu 200 CVs de recém licenciados em economia. Qual o critério que usariam para fazer a seleção do melhor candidato? Partam do princípio que nenhum dos candidatos se chama Vera Pereira (caso contrário teriam a vida facilitada).

Vamos então distribuir os CVs por vários montes para tentarmos encontrar o melhor economista para a nossa empresa.

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1. Nota de curso

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A nota não pode ser critério! Podemos estar a excluir um bom candidato que se formou com 10, porque a sua faculdade não dá mais de 12 ao melhor aluno, ou porque não tinha dinheiro para estudar e foi fazendo o curso nas suas folgas do trabalho, ou porque veio dos PALOP e teve dificuldades de adaptação mas é um jovem brilhante.

Se enviarem o CV a uma empresa de HR noutro país europeu, eles nem sequer olham para a nota de curso devido às diferenças culturais e sistemas de avaliação das várias universidades de todo mundo.

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2. Trabalhos académicos durante o curso

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Aqui vamos analisar o perfil académico do candidato. Qual foi o seu projecto final de curso? Teve algo a ver com a nossa empresa ou o nosso mercado concorrencial? Publicou algum paper ou artigo nalguma revista especializada? Esteve envolvido nalgum projecto empresarial, nacional ou estrangeiro?

O que distingue academicamente este candidato dos outros?

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3. Formação extra-académica

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O investimento pessoal que um candidato faz, quer a melhorar os seus conhecimentos académicos, os conhecimentos linguisticos, a enriquecer-se pessoalmente, a desenvolver projectos pessoais, a competir desportivamente, a conhecer novas culturas ou a desenvolver ações solidárias.. são bastante mais importantes do que o próprio diploma em si.

Sejamos práticos, são todos economistas. Todos eles foram certificados por universidades para exercer economia. O que nós queremos é aquele que traga mais-valias à nossa empresa.

Entre o candidato que se licenciou mas passou o tempo livre em tainadas e copos com os amigos e aquele que até fez voluntariado num projecto de sem-abrigos, tirou um curso técnico de ingles e participou voluntariamente durante uma semana num projecto empresarial  na Suécia.. Qual é que eu escolho?! Qual é o que me dá mais garantias de empreendedorismo? Qual é o que me parece ter mais capacidade de iniciativa? Qual é aquele que eu posso pegar e enviar para inglaterra se precisar?

Um dos maiores erros dos jovens estudantes é investirem ZERO na sua formação pessoal e extra-curricular. E este é um erro que pagam em anos a enviar CVs sem resposta!

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3. Entrevista

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Formado que está o nosso monte com os jovens licenciados que fizeram aquela “extra mile” além do que lhes era pedido (os outros CVs já estão guardados à beira da máquina de triturar papel), passa-se ao processo de entrevistar os candidatos.

A entrevista normalmente obedece a um script e pretende-se com esta conhecer o candidato sob vários pontos de vista: A forma de ser e estar; a sua argumentação; os seus objectivos de trabalho e de vida; os seus padrões éticos e morais; a capacidade de estabelecer relações laborais, entre outros.

A preparação para a entrevista é muito importante. O candidado deve estudar a empresa a que se candidata, saber quem é o CEO, quais os objectivos da empresa e saber algo sobre o seu relatorio e contas. Até um enfermeiro quando se candidata a um hospital privado, deve saber isto.. Qual a produtividade deste hospital? Quem é o grupo dono e quantos outros hospitais tem? Que especialidades? Qual o modelo empresarial? Que staff?

Para a preparação da entrevista o candidato deve aconselhar-se com uma boa empresa de HR. Aspectos como apresentação/dicção são importantes (esqueçam o paleio de café e a roupa de ir prá discoteca). Têm de ter uma imagem impoluta.

De todas as entrevistas que fiz enquanto manager, uma coisa que reparei quase sempre é que os candidatos parecem estar ali de forma passiva a responder a perguntas. Na verdade, o candidato está ali a vender o seu CV, a vender os seus serviços. A menos que consiga convencer aquela empresa de que é melhor que os outros candidatos, irá para casa sem emprego. Sempre que responder a uma pergunta, tem de vender a sua imagem. Isto é muito importante!

Um bom vendedor de carros sabe que é mais fácil vender um carro exactamente igual aos outros, mas que vem com mais alguns extras pelo mesmo preço :)

Percebem a ideia?

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Agora vou continuar a fazer a tradução da carta de apresentação da minha amiga e tentar que ela não vá parar ao monte da máquina de triturar papel.

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