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Desafio desde já o pessoal a partilhar as suas experiências de férias. A nossa visão sobre os locais que visitamos poderão ajudar outros colegas. Falarmos sobre a cultura, comida, rotas, pontos a visitar e a evitar serão uma mais valia para todos aqueles que queiram viajar para os mesmo locais onde ja estivemos.

Trip to Marrocos

A minha viagem começou em Aveiro. Desci até Elvas, Badajoz e fui até ao Porto de Tarifa (perto de Cádiz). Passei de ferry para Tanger. 
 Em Marrocos fala-se Árabe, Francês e Espanhol (no norte). Não adianta muito tentarem falar inglês :)  
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Alfandegas Tarifa-Tanger 

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Recomendo que preparem a viagem com algum tempo. Não esquecer de ver a validade dos passaportes. Os bilhetes para os ferrys não necessitam ser comprados online. Há muitos lugares pelo que podem comprar no local à chegada. Os ferrys são de 2 em 2 horas e a viagem dura uns 35 minutos. Claro que nunca chegam a horas nem partem a horas, mas convém irem com tempo por causa da burocracia. Um carro e 4 pessoas fica por €423 (carro = €160, 1 pessoa = €65). A maioria dos turistas opta por alugar carro. Se levarem o vosso carro não esqueçam de verificar se o seguro tem cobertura em Marrocos (normalmente não tem).

Guardem todos os papeis que vos derem ou preencherem e não deixem os carros sozinhos (especialmente à vinda). Dentro do ferry há fila para carimbar os passaportes. São-vos dados 2 papeis para preencher (um branco e um amarelo). Entregam um no barco ao carimbar o passaporte e guardam religiosamente o outro que tem de ser entregue na viagem de regresso. À saída do ferry começam a conhecer o verdadeiro espírito marroquino. Uns “artistas” que andam ali no meio dos policias da alfandega vão-se oferecer para vos preencher a papelada por uns 10 euros (têm um cartao ao peito para parecerem funcionários, mas nao são). O meu conselho é que é preferivel dar os 10 euros ao man e despachar a coisa, mas mantenham-nos debaixo de olho pois ele vai-vos levar os passaportes. Quando dão dinheiros aos marroquinos eles ficam contentes, quando não dão, eles chateiam-se e fazem-vos andar aos papeis de um lado para outro.Eu regateei e consegui que me tratassem da papelada por pouco mais de 5 euros. A polícia deixa-os andar por ali porque despacham o transito e dividem a “propina” com eles.

À saída da alfandega há uma casa de cambio. 1 euro vale um pouco mais de 10 Dihnares. Evitem os dealers de rua com maços de notas.

As estradas são relativamente boas e há bastante policia por todo lado. É normal ver pessoas a atravessar a auto-estrada e não costumam correr muito..

Dar gorjetas e subornar policias é algo perfeitamente natural. As multas de trânsito são resolvidas com umas notas e uma gorjeta de 5 dihnares é uma boa gorjeta em qualquer lado.

O salario médio anda a volta de €350. Por isso vão achar tudo barato por lá (excepto o café). O que é optimo para fazer compras. Se algo custa 100 dihnares ja sabem que anda a volta de 10 euros. É muito fácil fazer as contas no mercado, basta dividir por 10. A propósito, o café é bom e recomendo :)


Rabat

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Rabat é uma cidade com alto nível de vida.

Fiquei num Apartamento na zona residencial (desta vez evitei os Hoteis e Resorts :) ).

Um T3 na zona central de Rabat não se aluga por menos de €1700/mes. Por isso a maioria do pessoal que se vê nas ruas vive fora da cidade. O transito é absolutamente caótico. Ninguém respeita as regras de transito, nem fazem a mínima ideia para que servem as passadeiras (isto é assim no resto do país). O pessoal aventura-se entre os carros e seja o que Deus quiser.

Vale a pena visitar a medina e o túmulo de Hassan II.

Casablanca

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Fui de Tanger para Casablanca de comboio. Um daqueles comboios onde ficamos com medo de sentar.. Felizmente que à vinda não foi tão mau. Há duas estações em Casablanca (Casa Voyager e Casa Port). A primeira vai para a cidade e a segunda para a zona portuária. Aconselho-vos a segunda opção.

A cidade é muito suja e está cheia de obras por causa do metro de superfície. Se puderem evitem os taxistas ( o mais certo é serem enganados).

O Riks Café do famoso filme Casablanca não existe! O que existe é uma réplica com 8 anos que nao consegui visitar por estar em obras.

O “Ex Libris” da cidade é a Mesquita de Hassan II. É a 3ª maior mesquita do mundo e a maior de Marrocos. Uma obra impressionante com mais de 200m de altura e grandes portões em titânio. Contruida parcialmente sobre o mal azul. A entrada custa €12 mas acreditem que vale a pena.


Chefchouen

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Chefchouen fica no meio de nenhures e na zona montanhosa. Se forem pelas montanhas, levem um 4x4. De carro faz-se bem mas indo por Tetouan.

É uma daquelas cidades que vale a pena visitar. Se pudesse teria ficado lá 2 ou 3 dias. As pessoas são simpáticas, afáveis e há uma estranha sensação de paz e tranquilidade no ar. A cidade é conhecida por ser toda pintada de azul e também pelo tráfico de droga. É o único sítio em Marrocos onde as plantações de cannabis são legais.

É obrigatório visitar o restaurante Darcom e as cataratas com água gelada (acreditem que sabe mesmo bem com temperaturas superiores a 40ºC). Segundo o nosso guia, tornou-se demasiado turistica e cara. O aluguer de quartos é caro (não precisam marcar pela net). Os preços na medina são como em outras cidades (bons!). Podem abusar dos maravilhosos sumos naturais que não vêm nada tão bom por cá com aqueles preços:)


Marraquexe

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Visitar Marrocos e não ir a Marraquexe devia ser considerado pecado capital. Marraquexe também conhecida por “cidade vermelha” por causa da pintura das casas, é a essência e espírito de Marrocos. O que é verdadeiramente genuíno naquele povo, está ali.

Aconselho-vos a esquecerem um pouco a cidade em si (muito semelhante às restantes cidades marroquinas) e passarem à praça Jamaa el-Fna onde está a grande medina da cidade e provavelmente a maior do país.

O grande Café Argana que sofreu um atentado suícida o ano passado ainda está em reconstrução. Por isso a opção é visitar o café-restaurante em frente com excelente vista para a praça.

Na praça encontram um pouco de tudo (para sacar $ aos turistas), encantadores de cobras, macacos para fotografias, muitas roullotes com sumos de fruta, senhoras que pintam as mãos com tatuagens que duram 3-4 semanas, etc.. A medina é composta de um imenso labirinto de banquinhas de venda. Ao caminharmos na medina muitas vezes não percebemos a riqueza que está no interior das lojas. Entrem e explorem, a medina é um autêntico mundo por descobrir. É muito fácil perderem-se, por isso mantenham-se em grupo e tenham sempre um olho no burro e outro no.. (estão a perceber a ideia!)

No final podem dar uma volta de coche pela cidade ou se tiverem muito tempo livre, um passeio ao deserto de camelo:)


Asilah

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Cidade a sul de Tanger. A medina foi construída pelo portugueses quando por lá andaram. Fica junto ao mar e é ponto de férias especialmente para os espanhóis. Mal entram na cidade e são logo assediados por marroquinos com chaves na mão a tentarem alugar-vos apartamentos.

Tenho a certeza que vão tirar fotos lindíssimas em Ashila. Toda pintada de azul e branco, tem uma vista fantastica sobre o mar.

Para quem leva carro

Na autoestrada não ultrapassem o limite de velocidade NUNCA! Há radares por todo lado e a polícia tem uns dispositivos com pregos para furar pneus, muito interessantes! Por isso ponham-se finos! Um estrangeiro com pé pesado para eles é dinheiro no bolso, não sei se estão a perceber! Há controlo policial à entrada de todas as cidades. Tenham sempre os documentos do carro (incluindo a autorização de circulação da viatura que vos foi dada na alfandega) e os passaportes.

Fora o controlo de velocidade, vale absolutamente tudo. O condutor marroquino é aquilo que um taxista lisboeta gostaria de ser quando fosse grande. Em Marrocos, o lixo e o mau-cheiro é normal e faz parte do espírito da coisa. A única forma de o evitar é ficar no resort e não sair de lá! Ao fim de umas horas habituam-se. Nesse aspecto Rabat nem é assim muito mau, mas se forem a Casablanca ou Marrakech vão perceber..

Comida
Bem, confesso que não fiquei fã das targinas nem do cuscus :( Mas há sempre alternativas.. Um grelhado de vaca é bom, a fruta é optima e os sumos são divinais. 4 pessoas tomam um bom pequeno almoço por €4.5. Sumos naturais de meio litro por €0.5. A agua não é boa para consumo, comprem sempre água engarrafada. Se levarem miúdos mantenham-nos bem hidratados e evitem a comida das ruas.

Levem medicação para diarreias, vómitos, febre, picadas de moscas/mosquitos, alergias, muito protector solar (não esqueçam que podem apanhar temperaturas superiores a 50ºC). Eu apanhei 51ºC em Marrakech.

No hotel, coloquem meia garrafa de agua no congelador ate ficar em pedra. Quando sairem levem garrafas de água fresca (mas que rapidamente ficam quentes) e vão passando aos bocadinhos para a garrafa com gelo. Assim têm agua fresca durante muitas horas mesmo a altas temperaturas.

Medinas (em árabe significa “cidade”)
As medinas são a parte velha das cidades árabes. Normalmente estão transformados em mercados onde se encontra de tudo um pouco e que fazem a loucura de qualquer mulher.. hehehe.. Mas não as deixem sózinhas! O marroquino tá farto de ver mulheres todas tapadas e entusiasma-se um bocado com as turistas. Não achei que fossem particularmente "chatos" em relação às mulheres, mas não facilitem..

Relativamente às compras, regateiem sempre. Faz parte do espírito da coisa! Eu acho que eles ficam tristes se o preço não for regateado. Cheguei ao cúmulo de estar a regatear 5 dihn (€0.5), por uma coisa que para nós já é muito barata, mas é assim!

O processo de regateio funciona mais ou menos assim.. Imaginem que eu quero comprar um conjunto de chá que custa 450 dihn. Começo por fazer um cara de espanto com o preço e digo que no máximo so posso dar 100. A coisa vai andando até que trazemos 2 conjuntos de chá por 400 dihn. Há um segredo que vos vou contar (que me foi ensinado por alguém que vive em marrocos) para negociar na medina. O comerciante marroquino acredita que se o primeiro cliente do dia não comprar nada, então o  negócio vai correr mal o resto do dia. Por isso se forem cedo as compras (9h é cedo para eles), conseguem regatear muito bons preços :)))

O que tem mais piada nas medinas é a riqueza e variedade cultural do local. Os cheiros das especiarias, das comidas, as tradições, a roupa, os usos e costumes, a religião.. É absolutamente fantástico. Há uma riqueza enorme naquele povo árabe que só conseguimos ver quando mergulhamos dentro daquelas medinas e partimos à descoberta.

Praias

Não fui a muitas praias. Pelo que vi não deve haver muitas praias com bandeira azul por lá.. Mas dá para dar uns bons mergulhos. A água é fria (nada a ver com o algarve).

O mais estranho ali é ver salvamentos de 2 em 2 minutos. Na praia onde estive, os nadadores salvadores fizeram mais salvamentos num dia do que nas praias de Gaia e Porto o ano todo. A malta lá entra no mar à toa, as mulheres vão prá água cheias de roupa.. olhamos à volta e pensamos que aquilo é tudo surreal!

Ah! O pessoal que aluga os guarda-sois não costuma falar francês nem espanhol. Vão

ter que se desenrrascar..

Notas

Não se aventurem a ir de umas cidades para as outras pelo deserto. Uma avaria ou um problema e estão feitos ao bife. A temperatura no deserto vai facilmente acima de 50ºC e não há lá muitos hipermercados para comprar água fresca :) O deserto parece que é controlado pelos tuaregs e não pela polícia, além de que os radicais islamicos andam ocupados ultimamente a provocar revoluções em áfrica.  Um pouco de cuidado não faz mal a ninguém.

Há 2 tipos de taxis nas cidades. O taxi vermelho, que é uma espécie de transporte comunitário e que só pode circular num perímetro dentro da cidade. É normal ver um taxi vermelho cheio parar para entrar mais alguns passageiros. Os taxi brancos são todos mercedes antigos e podem circular num raio maior. Não sei exactamente até onde podem ir mas vi bastantes nas estradas entre Tetouen e Chefchouen.

Sites úteis:

http://www.booking.com

http://www.douane.gov.ma

http://www.frs.es/en/home-area/frs-iberia-ferrys-tarifa-tanger-algeciras-ceuta-tanger-med.html


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