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Testemunho do Joao, desde Braganca ate Londres, com paragem por Madrid! 


Ola a todos!  O meu nome é João Macedo. Poder-vos-ia saudar tambem em espanhol e agora em Inglês não por ser um poliglota de raiz mas sim por obrigações profissionais, pois tal como  os outros que aqui vos escrevem estou a trabalhar no estrangeiro, sou enfermeiro desde Setembro de 2009 e licenciei-me na Escola Superior de Saúde de Bragança – IPB.


No início da minha vida académica pensava em “ter o emprego de sonho em Portugal num serviço onde fosse bem tratado e claro está bem remunerado tal como tantos enfermeiros já foram”. Comecei a tirar o curso em 2005 e nessa altura já se ouvia falar de desemprego na nossa área pelo que comecei a pensar “bem se calhar o bom lugar num serviço que eu quero e bem remunerado já é demasiado,  chega-me bem um lugar em qualquer serviço em Portugal mas que seja bem remunerado que depois lá se vai progredindo ao longo dos anos”.  Mas com a palavra DESEMPREGO sempre a pairar mais uma vez mudei o meu pensamento “bem se tiver um lugar em Portugal o dinheiro la se vai esticando conforme der nem que acumule com outro trabalho”. Com o passar de mais um ano académico a palavra DESEMPREGO atormentava-me cada vez mais e claro está outra vez o meu pensamento mudou “bem se calhar é melhor mesmo pensar em desistir de Portugal e abrir horizontes além-fronteiras”, foi quando então decidi fazer ERASMUS numa pequena cidade espanhola perto da fronteira com Miranda do Douro chamada Zamora.  Aqui o meu estágio de integração à vida profissional correu “às mil maravilhas” reconhecido enquanto aluno de enfermagem e um futuro enfermeiro pela população em geral, foi então que decidi que o meu futuro passaria por emigrar para terras de “NUESTROS HERMANOS”.  Terminei o curso esperei por toda a papelada portuguesa e espanhola e decidi nem sequer enviar currículos em terras Lusitanas para não desanimar e qual o meu espanto que após 1 semana exaustiva a mandar CV’s para Espanha tenho 6 propostas de emprego em que realmente escolhi a melhor para mim na altura e claro o meu primeiro objetivo e o meu primeiro pensamento quando comecei o curso de enfermagem estava realmente correto apenas com a correção de trocar Portugal por Espanha.

Escolhi então o meu primeiro emprego em Madrid num Hospital privado na periferia numa Unidade de Cuidados intensivos. Foram dois anos espetaculares em que realmente me senti realizado pessoal e profissionalmente, apostei muito na minha formação e tive inclusive a oportunidade de ser orientador de estágios para a Universidade privada do próprio hospital e uma curta passagem como professor.

Mas a crise instalou-se também por terras espanholas e o meu regime de contratos chegava ao fim e sem a possibilidade de ingressar nos quadros do Hospital tive de voltar para Portugal, sem emprego e cheio de vontade de continuar exercer.  Pensei “Sempre estudei numa escola Publica, o meu ensino superior foi publico, se calhar está na hora de retribuir e dar ao País a troca da formação que ele me facilitou enquanto português e trabalhar em Portugal”, entrei então na maratona do envio dos currículos concorrer para tudo e mais alguma coisa, e obtive sempre as mesmas respostas e desculpas que muitas vezes me desolavam.
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Após um ano nestas lides vejo os enfermeiros a serem forçados a trabalhar mais em Portugal e mal remunerados, foi então que decidi voltar a apostar no estrangeiro e pus o Reino Unido como uma opção bastante aceitável, mandei alguns currículos, entrei em contato com algumas empresas de recrutamento e para meu espanto novamente no prazo de poucas semanas tive várias ofertas de emprego em que só tive de escolher aquele em que me enquadrava melhor. Fiz entrevista por skype e presencial com um exame de cálculos e estudo de caso contando sempre com a vital e importante ajuda da empresa de recrutamento que sempre me facilitou o trabalho, e aqui estou eu agora em terras de sua majestade hà aproximadamente 1 mês, encantado da vida, ainda que, claro está em processo de adaptação à enfermagem britânica! Mas nada que não se consiga com esforço e dedicação -  qualidades que caraterizam qualquer enfermeiro.

Pela minha experiência a linguagem de enfermagem é universal e apenas nos temos de moldar a algumas coisas características de cada País, mas sem receios! Por isso e para terminar o meu testemunho, vejam neste um incentivo e mais uma força para espalhar a magia dos enfermeiros portugueses pelo mundo e aproveitando a frase do um poeta espanhol “O caminho, faz-se caminhando”, não tenham medo que nós, os enfermeiros somos preparados para trabalhar em todas as situações e a emigração é apenas uma das situações com que, feliz ou infelizmente temos  que lidar.

Foi um prazer dar este testemunho e é com prazer que vos digo que estamos melhor cá fora que lá dentro.

Grande abraço a todos.

Força!! 


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Diáspora dos Enfermeiros ® - O site dos enfermeiros portugueses emigrados