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Crónica de Economia: Curiosidades da alta finança e a recessão

Ora bem, já todos descobrimos que estamos em recessão. O correcto seria dizer “depressão”, uma vez que os stocks de prozac se andam a esgotar por todo lado.

O que a maioria não percebe é como raio chega a economia a estes estados de alma e manda milhões pro desemprego e outros milhões para a falência financeira.

Na verdade as coisas não são assim tão complexas. Os períodos economicos são basicamente de 2 tipos: de euforia e de depressão.

Num momento a malta está toda animada com os mercados, os especialistas da bolsa hipervalorizam as empresas, os bancos emprestam exageradamente dinheiro de risco e.. as ações na bolsa sobem desmesuradamente. Neste período, há agentes economicos a ter retornos elevadíssimos e quem não está no mercado sente-se um “pato” porque toda a gente (investidores) está a ganhar dinheiro e eles não.

Este é um período de grande confiança e crescimento económico. Há dinheiro para tudo e mais alguma coisa (emprestado pelos bancos, claro), sendo que o risco de maus investimentos e de não cumprimento é elevadíssimo.. mas ninguém quer saber disso para nada. Nestes períodos qualquer pessoa a recibo verde sem garantia de ordenado no mês seguinte, consegue facilmente comprar um apartamento de 100 mil euros. Se falarmos de empresas, bancos e outros que tais até encontramos exemplos mais chocantes.

Isto não é só em Portugal, é geral. Fica tudo endrominado com os lucros colossais da bolsa e ninguém raciocina.. ou seja, ninguém no seu perfeito juízo pondera que o valor dos activos financeiros podem estar em “overbought” (sobrecomprados) e que portanto, estando demasiado inflacionados o mais provável é que a “bolha” rebente para que se dê a respectiva correção. Numa fase destas tentem dizer ao vosso gestor bancário que o período de prosperidade deve estar a acabar. Vão ver como ele se ri às gargalhadas na vossa cara enquanto vos impinge mais 2 ou 3 produtos financeiros para os quais o banco até vos empresta o dinheiro.

Claro que a seguir ao boom vem o colapso. Temos exemplos recentes como a crise do imobiliário em 1989-1992; mercados emergentes em 1994-1998; os fundos de capital de risco e as empresas das novas tecnologias em 2000-2001; a crise financeira de 2007-2008 e aquela que actualmente vivemos.

Tudo isto funciona em ciclos Boom->Colapso->Boom->Colapso.. que são eternos desde que existem mercados financeiros. Os bancos financiam o período de boom e a seguir restringem o acesso ao crédito no período de recessão. E andamos nisto..

Uma coisa que pouca gente sabe, é que a actual crise financeira mundial pode muito bem ter sido provocada por uma simples fórmula matemática. Há aliás um filme recente (“Margin Call”) que mostra como se desencadeou a falência do Lehman Brothers e que provocou a queda de peças de dominó dos mercados financeiros mundiais. Tudo começou com um trader a descobrir um erro nesta famosa fórmula matemática conhecida por “Equação Black-Scholes”.

A fórmula Black-Scholes foi desenvolvida por Myron Scholes e Fischer Black nos anos 70 e é o equivalente ao E=mc2 de Einstein para a economia.

Esta formula é usada para fazer o chamado “hedge” de posições entre o mercado de futuros e o de opções. Ou seja graças a ela, é possivel distribuir uma carteira de activos financeiros de forma a que o resultado final seja sempre de lucro e nunca de prejuizo. É o que fazem os bancos e os fundos financeiros conhecidos por “hedge funds”. (Por alguma razãos os bancos têm lucros multimilionários mesmo quando estamos em recessão, não é?).

Acontece que a fórmula tem certos pressupostos (grau de exposição, alavancagem, etc..) e para a optimizar às necessidades de cada banco são contratados os chamados “quantum traders”. São normalmente jovens licenciados em áreas economicas com excelentes conhecimentos de matematica e informatica e que são muito bem pagos. Só para se ter uma ideia, é normal um destes miudos acabado de licenciar ter um bónus anual (extra-ordenado) de 100 mil euros..

Quando os pressupostos da fórmula são levados ao limite e quando se inventam novos produtos financeiros para os quais a fórmula não estava devidamente testada, acontece o que aconteceu em 2008 e que ainda agora estamos todos a sentir as consequencias.. BOOMMMM!!!

George Soros (o mais influente gestor de alta finança no mundo) numa conferência de banqueiros mundiais chamou a estes activos financeiros usados desta forma, “armas de destruição maciça da economia”. Parece que na altura toda a gente de riu!

Há por aí uns milhões de pessoas sobrendividadas, desempregadas, com reformas em risco, sem conseguir pagar a prestação da casa.. que não se estão a rir!!

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