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Crónica de Gestão: Termos financeiros ou “Porque os ricos são ricos e nós não”

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Os termos usados em economia e finanças parecem por vezes expressões interessantes para serem usadas em apresentaçoes do FMI, ou em reuniões de economistas, mas que não dizem patavina ao comum dos mortais. Provavelmente a única expressão que reconhecemos fácilmente do léxico gramatical financeiro é “corte nos salários”.

Bom, os verdadeiramente ricos não precisam de se preocupar com cortes seja lá onde for, porque normalmente têm os seus bens registados em locais de baixa tributação, mais conhecidos por paraísos fiscais. Mas isto não é importante! (Não há nada a fazer..)

O que talvez seja interessante, é perceber porque é que os ricos são ricos e nós não J.  O que fazem eles de diferente? Muitos não nasceram ricos, então como é que chegaram lá? Foi tudo sorte?

Talvez não! Na verdade há uma fórmula que explica como os ricos ficam ricos.. (não estou a falar do euromilhões).

Comecemos por perceber alguns termos financeiros simples e como as diferentes classes sociais gastam o dinheiro.

CashFlow – consideremos apenas a Entrada de Dinheiro (normalmente salário)

Expenses – Custos; Gastos

Assets – Bens ou Activos de valor que podem gerar rendimento

Liabilities – Bens que impliquem responsabilidade ou dívida


Há basicamente 3 classes sociais (em termos económicos): A classe baixa; A classe média/alta; Os ricos. Estas 3 classes gastam de forma diferente o seu dinheiro.

A classe baixa

Vivem um estilo de vida “chapa ganha chapa gasta”. Gastam sobretudo o dinheiro que sobra das contas em pequenas compras (gadgets, coisas das feiras, loja do chineses, shoppings, etc..). Quantos de nos já vimos alguém  que vive do rendimento minímo com telemóveis topo de gama por exemplo?

O fluxo de dinheiro da classe baixa é:

CashFlow   - - - - - Expenses

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Os indivíduos da classe baixa não estão educados relativamente aos Assets ou a liabilities, simplemente compram “coisas” que muitas vezes nem fazem falta sob o pretexto de que são baratas ou custam muito pouco.

O principal problema é que o seu CashFlow não produz mais CashFlow.  

 A classe média/alta

A classe média ou média alta é muitas vezes identificada como sendo rica, mas não é. Mesmo podendo ter um rendimento de seis digitos, e aparentando ser ricos, é a forma como gastam o dinheiro que os mantém presos à classe média.

A classe média compra sobretudo liabilities.  Coisas como carro, casa, barco, férias, etc..

Vejamos como isto acontece. Imaginemos que esta família recebe um cheque extra ao seu rendimento normal (IRS, subsídio férias, prémios de produtividade, etc.). Supondo que  afete metade ao pagamento de despesas pendentes a outra metade será para dar entrada a um carro novo topo de gama (liability). Este carro irá gerar uma série de novas despesas: uma nova prestação, seguros, revisões, gasóleo, pneus. A seguir pega-se no cartão de crédito e compra-se um barco, uma mota, umas férias numa ilha tropical (mais liabilities). Junta-se a isto um emprestimo bancário para uma casa melhor ou uma de praia. Todas estas liabilities geram novas despesas que têm de ser mantidas com o mesmo rendimento (que pode aumentar ligeiramente mas nunca na proporção do aumento das despesas).

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A classe média tem imensa facilidade em adquir bens e serviços que geram mais despesa e absorvem a totalidade do cash-flow.

Entra-se assim no ciclo “viver acima das possibilidades” e intala-se o stress e a ansiedade.

O fluxo de dinheiro da classe médias/alta é:

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Um outro aspecto importante nas classes baixa e média/alta, é que praticamente todo o seu cash-flow resulta do seu próprio esforço. Ou seja, os rendimentos resultam quase exclusivamente do trabalho. Basicamente, trocam os seus conhecimentos ou a sua formação por dinheiro (em forma de ordenado ou honorários). A única forma de aumentar o cash-flow é aumentando o número de horas que se trabalha (acumulando ou fazendo horas extras), o que por sua vez gera mais stress, mais ansiedade, menos tempo para a família ou para actividades lúdicas.

 Os Ricos

A principal diferença entre os verdadeiramente ricos e o resto da população é que estes utilizam o seu CashFlow para (além de pagarem as despesas normais) adquirirem Assets sempre que podem. Ou seja, adquirem bens ou activos financeiros capazes de gerar dinheiro.

Assim, o rendimento disponível não é fixo ou constantemente dependente dos seus conhecimentos/estudos, mas é rendimento que gera mais rendimento.

A fórmula utilizada por alguns dos homens mais ricos do mundo que começaram praticamente do zero, foi a seguinte: Com uma parte dos rendimentos comprar Assets que produzam CashFlow à Usar os lucros destes novos Assets para comprar mais Assets que produzam mais CashFlow à Usar novamente os lucros para comprar ainda mais Assets que produzam ainda mais CashFlow..

 
O fluxo de dinheiro dos ricos é:

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Exemplos de Assets que produzem mais CashFlow: Ações; Obrigações; Bens imobiliarios; Educação; Oportunidades de negócio que gerem um CashFlow passivo (que continuem a gerar dinheiro quer se invista mais ou não).

Em gestão, considera-se um bom negócio, ou um bom investimento, aquele que gera retorno, independentemente do investimento futuro. Muitos aparentemente bons negocios implicam um contínuo e significativo investimento (equipamentos, materiais, meios de produção, etc)  retirando constantemente CashFlow das empresas e fazendo depender de resultados futuros o equilibrio financeiro da empresa. São na verdade maus negócios que geram ainda doses elevadas de stress.

Vejamos o caso de Warren Buffet, o financeiro mais rico e poderoso do mundo. Na sua juventude teve a ideia de usar as suas parcas economias para comprar uma máquina de flippers e colocar numa barbearia. Enquanto esperavam pelo corte de cabelo os clientes entretinham-se a jogar flippers.

Com os lucros da primeira máquina, Buffet não foi comprar nenhum carro, nenhuma viagem de férias à Tailandia nem sequer gastou os lucros num fato italiano. O que fez entao? Comprou uma segunda máquina de flippers e colocou numa outra barbearia, depois comprou uma terceira, quarta, quinta.. Warren usava os seus lucros para investir continuamente aqui e ali, tendo ficado conhecido por ter ganho na bolsa de New York 2 biliões de dolares num único dia.

Bem, como se costuma dizer.. uma coisa é conhecer a fórmula, outra é aplicá-la! A fórmula parece que funciona desde que existe economia, mas a maioria de nós parece ter mais jeito para gastar do que para investir J

Quem tem filhos adolescentes pode fazer um teste interessante.. Pergunte ao seu filho o que ele faria se lhe desse €500 para ele gastar no que quisesse. Vá lá, pergunte-lhe?

Qual foi a resposta? J … Aposto que 80% das respostas se relacionam com iphones, playstations ou outras coisas do género. Acertei? (pois eu também tenho um filho adolescente!)

Agora já sabe que daqui a 20 anos ele vai estar num, ou há procura dum JOB (Just Over Broke). Por isso esqueça a ideia do lar de idosos num paraíso tropical com moças giras e piña coladas. J



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