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A Patricia enviou-nos mais alguma informacao sobre trabalhar na Alemanha - salarios, condicoes de admissao, horarios, etc. Para quem estiver interessado, ler aqui
Mais informacao sobre trabalhar na Alemanha como enfermeiro
Patrícia Nunes, 38 anos a trabalhar na Alemanha
Sou enfermeira desde 1994 e exerci até 2010 em Portugal. Nos últimos 12 anos trabalhei no Hospital Da Forca Aérea Portuguesa, em Lisboa, e no Centro de Saúde da Graça, em regime de acumulação de funções.
Vivo na Alemanha à aproximadamente dois anos e actualmente encontro-me a trabalhar num hospital de Medicina Antroposofica, Paracelsus Krankenhaus em Unterlengenhardt - Bad Libenzel, como enfermeira de cuidados gerais.
Mudei-me para a Alemanha por questões meramente pessoais. A mudança profissional foi uma consequência. No primeiro ano frequentei 2 cursos de língua alemã, sendo este o meu primeiro contacto com a língua aos 36 anos de idade.
Nos primeiros 6 meses frequentei o curso de “Alemão como Língua Estrangeira”, nos níveis A1, A2 e B1 na Volkshochschule (Escola para Adultos Alemã). No final do curso fiz uma prova de conhecimentos conseguindo o certificado de nível B1. Este curso foi parcialmente financiado pelo governo alemão, inserido num programa de integração de emigrantes. O preço do curso é de 1 euro por hora, sendo cada módulo (A1, A2, B1) composto por 200 horas.
O segundo curso de Língua que fiz foi já direccionado para a integração profissional, também com duração de 6 meses (5 meses de aulas e 1 mês de estágio como enfermeira). Este curso é totalmente financiado pelo Fundo Social Europeu.
Passado este primeiro obstáculo da comunicação encontrei trabalho e optei pelo regime de 60% de horário de trabalho.
A carência de enfermeiros por cá é bastante elevada na área hospitalar, cuidados domiciliários e lares de idosos, dando ênfase especial a este último grupo onde a carência é mais acentuada.
A Enfermagem na Alemanha é uma “Ausbildung“, significa que é um curso técnico de 3 anos de duração que no final confere o nosso nível de 12° Ano de escolaridade. No final de 9/10 anos “Realschule”, os alunos fazem uma formação profissional nas escolas profissionais “Berufsschule”onde a Enfermagem está enquadrada. Este curso é totalmente financiado pelo estado e cada formando aufere salário que pode variar entre os 720 a 850 euros mensais, valor definido por cada estado federal.
Onde trabalho existem enfermeiros de outras nacionalidade, França, Holanda e Polónia. Todos possuem bom domínio da língua alemã, encontrando-se bem integrados e vivendo na Alemanha há vários anos.
No meu caso, a obtenção de reconhecimento profissional de enfermagem foi fácil, tendo sido necessário para o processo: Diploma traduzido em alemão por uma entidade oficialmente reconhecida, Curriculum Vitae resumido em alemão, atestado de aptidão física e mental, prova de residência, registo criminal, passaporte, Certidão Internacional de Nascimento e certificado de nível de alemão. Os custos processuais são 100 euros. As restantes despesas foram na ordem dos 200 euros (traduções, certidões e autenticação de documentos).
Encontro-me ainda em processo de aprendizagem da língua, estando ainda longe de um domínio fluente que me permita uma conversação fácil e eficaz. Recorro algumas vezes ao inglês, especialmente no diálogo com médicos. Muito raramente encontro colegas enfermeiros que falem inglês ou espanhol. Esta dificuldade no diálogo é compreendida e muito bem aceite pelos doentes. Existem na Alemanha vários dialectos o que dificulta também a aprendizagem.
Profissionalmente o trabalho de enfermagem na Alemanha não apresenta qualquer dificuldade para os enfermeiros portugueses. A especificidade das tarefas é bastante menor, a administração de medicação reduz-se à medicação oral e Subcutânea. Não colhem sangue ou administram medicação IM ou EV, sendo estas tarefas da responsabilidade médica. Trabalham normalmente sozinhos sem o apoio de auxiliares, sendo responsáveis pelo cuidado do doente na sua totalidade: higiene, alimentação, acompanhamento a exames, preparação e administração de medicação oral, mudança de roupas de cama, desinfecção e limpeza de material, etc.
O rácio de enfermeiro por doentes é normalmente de 1 enfermeiro para 12 doentes, podendo encontrar hospitais em que contamos com o apoio de auxiliares.
Para já a minha experiência é positiva, embora lamentavelmente não possa fazer uso de todas as minhas competências profissionais. Espero que com o tempo e com um maior domínio da língua alemã possa experimentar outras possibilidades, pois para já esta dificuldade é um obstáculo a outro tipo de funções.
Até á data não conheci nenhum enfermeiro português a trabalhar aqui na Alemanha para poder trocar impressões profissionais.
Penso que a barreira da língua alemã é um dos factores que por agora limitam a emigração. O mercado alemão começa a abrir a possibilidade de recrutamento de enfermeiros, pois não conseguiram solucionar o problema da falta de profissionais nesta área.
Vivo na Alemanha à aproximadamente dois anos e actualmente encontro-me a trabalhar num hospital de Medicina Antroposofica, Paracelsus Krankenhaus em Unterlengenhardt - Bad Libenzel, como enfermeira de cuidados gerais.
Mudei-me para a Alemanha por questões meramente pessoais. A mudança profissional foi uma consequência. No primeiro ano frequentei 2 cursos de língua alemã, sendo este o meu primeiro contacto com a língua aos 36 anos de idade.
Nos primeiros 6 meses frequentei o curso de “Alemão como Língua Estrangeira”, nos níveis A1, A2 e B1 na Volkshochschule (Escola para Adultos Alemã). No final do curso fiz uma prova de conhecimentos conseguindo o certificado de nível B1. Este curso foi parcialmente financiado pelo governo alemão, inserido num programa de integração de emigrantes. O preço do curso é de 1 euro por hora, sendo cada módulo (A1, A2, B1) composto por 200 horas.
O segundo curso de Língua que fiz foi já direccionado para a integração profissional, também com duração de 6 meses (5 meses de aulas e 1 mês de estágio como enfermeira). Este curso é totalmente financiado pelo Fundo Social Europeu.
Passado este primeiro obstáculo da comunicação encontrei trabalho e optei pelo regime de 60% de horário de trabalho.
A carência de enfermeiros por cá é bastante elevada na área hospitalar, cuidados domiciliários e lares de idosos, dando ênfase especial a este último grupo onde a carência é mais acentuada.
A Enfermagem na Alemanha é uma “Ausbildung“, significa que é um curso técnico de 3 anos de duração que no final confere o nosso nível de 12° Ano de escolaridade. No final de 9/10 anos “Realschule”, os alunos fazem uma formação profissional nas escolas profissionais “Berufsschule”onde a Enfermagem está enquadrada. Este curso é totalmente financiado pelo estado e cada formando aufere salário que pode variar entre os 720 a 850 euros mensais, valor definido por cada estado federal.
Onde trabalho existem enfermeiros de outras nacionalidade, França, Holanda e Polónia. Todos possuem bom domínio da língua alemã, encontrando-se bem integrados e vivendo na Alemanha há vários anos.
No meu caso, a obtenção de reconhecimento profissional de enfermagem foi fácil, tendo sido necessário para o processo: Diploma traduzido em alemão por uma entidade oficialmente reconhecida, Curriculum Vitae resumido em alemão, atestado de aptidão física e mental, prova de residência, registo criminal, passaporte, Certidão Internacional de Nascimento e certificado de nível de alemão. Os custos processuais são 100 euros. As restantes despesas foram na ordem dos 200 euros (traduções, certidões e autenticação de documentos).
Encontro-me ainda em processo de aprendizagem da língua, estando ainda longe de um domínio fluente que me permita uma conversação fácil e eficaz. Recorro algumas vezes ao inglês, especialmente no diálogo com médicos. Muito raramente encontro colegas enfermeiros que falem inglês ou espanhol. Esta dificuldade no diálogo é compreendida e muito bem aceite pelos doentes. Existem na Alemanha vários dialectos o que dificulta também a aprendizagem.
Profissionalmente o trabalho de enfermagem na Alemanha não apresenta qualquer dificuldade para os enfermeiros portugueses. A especificidade das tarefas é bastante menor, a administração de medicação reduz-se à medicação oral e Subcutânea. Não colhem sangue ou administram medicação IM ou EV, sendo estas tarefas da responsabilidade médica. Trabalham normalmente sozinhos sem o apoio de auxiliares, sendo responsáveis pelo cuidado do doente na sua totalidade: higiene, alimentação, acompanhamento a exames, preparação e administração de medicação oral, mudança de roupas de cama, desinfecção e limpeza de material, etc.
O rácio de enfermeiro por doentes é normalmente de 1 enfermeiro para 12 doentes, podendo encontrar hospitais em que contamos com o apoio de auxiliares.
Para já a minha experiência é positiva, embora lamentavelmente não possa fazer uso de todas as minhas competências profissionais. Espero que com o tempo e com um maior domínio da língua alemã possa experimentar outras possibilidades, pois para já esta dificuldade é um obstáculo a outro tipo de funções.
Até á data não conheci nenhum enfermeiro português a trabalhar aqui na Alemanha para poder trocar impressões profissionais.
Penso que a barreira da língua alemã é um dos factores que por agora limitam a emigração. O mercado alemão começa a abrir a possibilidade de recrutamento de enfermeiros, pois não conseguiram solucionar o problema da falta de profissionais nesta área.