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To CV or not CV
Eu confesso que há coisas que tenho dificuldade em perceber. Uma delas é esta coisa do pessoal andar a gastar dinheiro em licenciaturas, pós-graduações, mestrados e doutoramentos que depois não servem para nada. Parem lá de andar a gastar dinheiro aos papás e façam qualquer coisa de útil. Sei lá, vão jogar a bola! Já viram quanto ganha um jogador do Real Madrid ou do Barcelona?
“E se não dermos prá bola?”
Bem, podem sempre ir prás novas oportunidades e entrar em Medicina. Sim, este ano entrou pessoal em Medicina que veio das novas oportunidades! Por isso não venham com a treta de que vale a pena andar do 7º ao 12º Ano com os livros às costas a gastar dinheiro em passes de autocarro porque um dia vão ser doutores ou engenheiros. Acordem! Em que planeta é que vocês vivem?!
“ E as pós-graduações e os mestrados?”
Meus caros! Pelo que tenho visto na televisão ultimamente, a única coisa que precisam anexar a um CV e que de facto vos vai resolver a vida e arranjar um lugar de executivo.. são... Robalos! Tanto quanto percebi do noticiário das 8, as alheiras também estão a ter boa saída. Assim que eu tiver uma lista completa de artigos de mercearia que podem ajudar no vosso CV, eu prometo que publico...
“Isso não é bem assim?!”
Caríssimos... Qualquer primo do filho do amigo da tia da vizinha que conhece a secretária do dono da empresa, tem mais hipótese de ficar com o lugar do que um de vocês com 3 mestrados e 4 doutoramentos. Nem preciso de demonstrar isto, qualquer pesquisa aos currículos dos quadros executivos de empresas nossas conhecidas mostrará melhor do que eu que tenho razão. É a realidade! Somos latinos e não há nada a fazer...
“Mas podia-se criar legislação que à semelhança do que acontece nalguns países do norte da europa, impedisse a contratação de familiares e criasse critérios na seleção de candidatos.”
Poder podia... mas não era a mesma coisa! Se perguntarem a um governante qualquer, ele dir-vos-á “Mas já há legislação! Os concursos são públicos e formados por júris”. É um bom argumento e seria eficáz se não fossemos latinos... Por exemplo, valia a pena saber quantos concursos foram abertos em que os “novos” funcionários não eram “antigos” funcionários agora promovidos. Gostava de conhecer o número, assim por alto!
Por exemplo, eu sou especialista há vários anos e nunca consegui entrar numa vaga de um concurso de especialista. Curiosamente em todos os concursos entraram para os lugares colegas que já trabalhavam nos locais e que foram assim promovidos. Lembro-me de um concurso em que um dos critérios de seleção consistia numa formação interna de uns dias feita umas semanas antes. Essa formação valia 20 pontos. Sabem quanto valia ter um doutoramento na área?... 4 pontos. Agora adivinhem quem é que tinha essa formação interna feita a correr para efeitos daquele concurso? Eu não era de certeza! Com isso e com 50% da nota dada pela entrevista, fica o assunto resolvido. E é tudo formal e legal...
Portanto, latinos como dantes.
“Mas, então se tivermos um bom CV não temos hipóteses?”
Ter têm, mas não em Portugal. Lá fora têm hipótese de progressão na carreira, bons vencimentos e hipótese de vir a ter uma reforma. Coisa que aqui... Malta, se o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto nos manda emigrar, que querem que vos diga?!
Mas já sabem, se emigrarem, à cautela não escolham países latinos!
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“E se não dermos prá bola?”
Bem, podem sempre ir prás novas oportunidades e entrar em Medicina. Sim, este ano entrou pessoal em Medicina que veio das novas oportunidades! Por isso não venham com a treta de que vale a pena andar do 7º ao 12º Ano com os livros às costas a gastar dinheiro em passes de autocarro porque um dia vão ser doutores ou engenheiros. Acordem! Em que planeta é que vocês vivem?!
“ E as pós-graduações e os mestrados?”
Meus caros! Pelo que tenho visto na televisão ultimamente, a única coisa que precisam anexar a um CV e que de facto vos vai resolver a vida e arranjar um lugar de executivo.. são... Robalos! Tanto quanto percebi do noticiário das 8, as alheiras também estão a ter boa saída. Assim que eu tiver uma lista completa de artigos de mercearia que podem ajudar no vosso CV, eu prometo que publico...
“Isso não é bem assim?!”
Caríssimos... Qualquer primo do filho do amigo da tia da vizinha que conhece a secretária do dono da empresa, tem mais hipótese de ficar com o lugar do que um de vocês com 3 mestrados e 4 doutoramentos. Nem preciso de demonstrar isto, qualquer pesquisa aos currículos dos quadros executivos de empresas nossas conhecidas mostrará melhor do que eu que tenho razão. É a realidade! Somos latinos e não há nada a fazer...
“Mas podia-se criar legislação que à semelhança do que acontece nalguns países do norte da europa, impedisse a contratação de familiares e criasse critérios na seleção de candidatos.”
Poder podia... mas não era a mesma coisa! Se perguntarem a um governante qualquer, ele dir-vos-á “Mas já há legislação! Os concursos são públicos e formados por júris”. É um bom argumento e seria eficáz se não fossemos latinos... Por exemplo, valia a pena saber quantos concursos foram abertos em que os “novos” funcionários não eram “antigos” funcionários agora promovidos. Gostava de conhecer o número, assim por alto!
Por exemplo, eu sou especialista há vários anos e nunca consegui entrar numa vaga de um concurso de especialista. Curiosamente em todos os concursos entraram para os lugares colegas que já trabalhavam nos locais e que foram assim promovidos. Lembro-me de um concurso em que um dos critérios de seleção consistia numa formação interna de uns dias feita umas semanas antes. Essa formação valia 20 pontos. Sabem quanto valia ter um doutoramento na área?... 4 pontos. Agora adivinhem quem é que tinha essa formação interna feita a correr para efeitos daquele concurso? Eu não era de certeza! Com isso e com 50% da nota dada pela entrevista, fica o assunto resolvido. E é tudo formal e legal...
Portanto, latinos como dantes.
“Mas, então se tivermos um bom CV não temos hipóteses?”
Ter têm, mas não em Portugal. Lá fora têm hipótese de progressão na carreira, bons vencimentos e hipótese de vir a ter uma reforma. Coisa que aqui... Malta, se o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto nos manda emigrar, que querem que vos diga?!
Mas já sabem, se emigrarem, à cautela não escolham países latinos!
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