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O caminho para a Diáspora

Nos dias de hoje é díficil não encontrar um enfermeiro que não queira trabalhar fora de Portugal. Entre os jovens enfermeiros licenciados isso nem sequer é uma opcão, é mesmo uma obrigatoriedade.

Vale a pena analisarmos um pouco o que aconteceu nestes últimos 20 anos para passarmos de um país com grande falta para um país exportador de enfermeiros altamente qualificados técnica e cientificamente.

Do meu ponto de vista há 3 factores com influência neste êxodo enfermeiral: 1) Desiquilíbrios na formação/carreira/vencimento; 2) Desiquilíbrios na formação/necessidades enfermeiros; 3) Conjuntura económica

1)  Desiquilíbrios na formação/carreira/vencimento

Há 30 anos o sector da saúde era deficitário em enfermeiros. A seguir ao 25 de Abril de 1974 muitos dos auxiliares de enfermagem fizeram uma actualizacão e passaram a enfermeiros. Passou a existir um curso geral de enfermagem com 3 anos e até 1989 foi assim. A partir de 1990 o curso de enfermagem passa a bacharelato e mais tarde a licenciatura de 4 anos.

Muitos dos enfermeiros que fizeram o antigo curso geral passaram pelo processo do bacharelato, licenciatura e até especialização sem que toda essa formação tenha tido qualquer implicacao nas respectivas carreiras/vencimentos. A maioria dos enfermeiros que terminaram o curso nos anos 80 ganham menos do que há 10 anos e estão parados na carreira praticamente desde sempre. A carreira actual só preve 2 categorias (enfermeiro e enfermeiro principal) e ter a especialidade ou não ter é igual e irrelevante. 

Nota: tenho imensa curiosidade em saber quem teria negociado isto..

Poderia citar qualquer outro exemplo mas vou citar o meu (para nao correr risco de plágio :). Ora bem, eu acabei o curso em 1989, passei por todo este processo do curso geral + bacharelato + licenciatura + especialidade + pós-graduações. A minha categoria é de “Enfermeiro” como qualquer enfermeiro que tenha terminado o curso ontem. Se eu pegar na minha folha de vencimento e comparar com a de um colega recém-licenciado que acabou de assinar contrato numa qualquer EPE, corro o risco de me sentir humilhado. Surpreendentemente este terá provavelmente um vencimento superior ao meu!!!

Nota 2: Eu gostava mesmo de saber quem teria negociado isto..

2.  Desiquilíbrios na formação/necessidades enfermeiros

No final dos anos 80 as escolas de enfermagem lecionavam um curso por ano. Em média saiam de cada escola anualmente entre 20 e 40 alunos. Nao sei bem o que se passou nos anos 90, se foi a gritaria dos sindicatos a dizer que faltavam enfermeiros em cada pedra da calçada, se foram as escolas que precisavam desesperadamente de alunos.. Mas de repente as escolas de enfermagem passaram a ter  o dobro das turmas e a ter dois cursos anuais.

O mercado foi literalmente inundado de enfermeiros. Provavelmente deviamos estar preocupados com a falta de enfermeiros na Suíca, Inglaterra, Irlanda, Bélgica, Gana ou no Burundi. So pode!

3.  Conjuntura económica

Bem, a conjuntura económica fala por si. Confesso que tenho dificuldade em perceber isto da conjuntura económica. Como é que há países que não têm sol nem praias nem turismo, que ficam longe de tudo e possuem economias prósperas, standards de vida elevados e níveis de corrupção residuais. 

Do meu ponto de vista, são países tristes.. Não devem ter estádios de futebol, nem submarinos,  nem parcerias público-privadas, nem buracos em bancos, câmaras, regiões autónomas, nem TGVs, nem aeroportos no deserto, nem sucateiras, nem políticos subitamente milionários.. Nem enfermeiros excedentários!

 Estes países devem ser mesmo tristes. Coitados!

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